Abstract
Nosso projeto coletivo Translocalities/Translocalidades: Feminist Politics of Translation in the Latin/a Américas (Políticas Feministas de Tradução na América Latina) explora como discursos e práticas feministas viajam por uma variedade de lugares e direções e acabam se tornando paradigmas interpretativos para a leitura/escrita de questões de classe, gênero, sexualidade, migração, saúde, cidadania, política e circulação de identidades e textos. Sustentamos que a tradução é política e teoricamente indispensável para forjar epistemologias e alianças políticas feministas, antirracistas e pós-coloniais/pós-ocidentais, pois as Américas Latinas - enquanto formação cultural transfronteiriça e não territorialmente delimitada - devem ser entendidas como translocais em dois sentidos. O primeiro sentido que usamos - o de translocalidade - parte de movimentos além das concepções da "política da localização" empregadas pelo feminismo terceiro-mundista estadunidense. Mais do que "migrar" e "se assimilar", muitas pessoas nas Américas Latinas cada vez mais se movem de um lado para outro entre localidades, entre lugares historicamente situados e culturalmente específicos, ainda que porosos, atravessando múltiplas fronteiras, e não apenas entre nações (como deixa a entender o termo "migração transnacional", por exemplo). Empregamos a expressão translocal, então, em um segundo sentido, que chamamos de translocalidades, precisamente para capturar esses cruzamentos e movimentos multidirecionaisDate
2009-12-01Type
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oai:scielo:S0104-026X2009000300007http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2009000300007