AVALIAÇÃO DA PRODUÇÃO DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR: POSSIBILIDADES E LIMITES
Keywords
EducaciónEnsino superior
paradigmas de avaliação
avaliação pelos pares
avaliação bibliométrica
avaliação de produção científica
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http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=76619169011Abstract
O artigo analisa o debate sobre a avaliação da produção docente no ensino Superior focando, de modo especial, a avaliação nos Programas de Pós-Graduação no Brasil. Para isso, dois paradigmas de avaliação são abordados, avaliação pelos pares e avaliação pela quantificação das citações nas bases de dados e das classificações dos veículos de publicação (editoras, periódicos, apostilas etc.). Conclui-se que a avaliação por quantificação suplantou a tradição avaliativa qualitativa dos docentes do ensino superior. Cada vez mais, tem-se utilizado parâmetros numéricos para dimensionar a produção e a qualidade dos docentes. A quantificação encontra suporte nas bases de dados disponíveis e em sistemas de classificação dos meios que publicam as produções acadêmicas. Os processos avaliativos provocam debates tanto em relação à pertinência quanto à validade dos seus critérios. Nesse debate, expressa-se a posição dos que defendem um padrão de gestão do ensino superior apoiado em resultados quantificáveis e, em contrapartida, é veemente a oposição de pesquisadores a esses critérios, pela falibilidade e impertinência desses para as ciências humanas e sociais.Date
2010Type
Artículo científicoIdentifier
oai:redalyc.org:76619169011http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=76619169011
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Para um Discernimento das Relações entre Avaliação, Ética e PolíticaDomingos, Fernandes (Conselho de Ética e Deontologia da Universidade de Aveiro, 2015-02-10)Seja qual for a perspectiva ou ênfase de cada avaliação, a verdade é que todos os esforços devem ser empreendidos para que ela seja desenvolvida com imparcialidade. Isto significa que os avaliadores têm que encontrar os procedimentos adequados para evitar que os seus sistemas de conceções e de valores, as suas ideologias e visões do mundo enviesem de forma mais ou menos grosseira as realidades. Simons (2006) refere mesmo que os avaliadores têm que desenvolver o seu trabalho com independência em relação às medidas de materialização das políticas (policies) e aos respetivos objetos (e.g., programas, projetos, currículos). E é também neste contexto que, de acordo com aquela autora, podem surgir dilemas éticos e, assim acontecendo, compete aos avaliadores garantir que as avaliações sejam eticamente irrepreensíveis ou, pelo menos, defensáveis. Estas são, com certeza, condições indispensáveis para que qualquer avaliação possa ter credibilidade perante todos aqueles que, de algum modo, estejam interessados nela ou possam por ela ser afetados. Na verdade, e de acordo com House (2000), a credibilidade, a plausibilidade e a utilidade social são conceitos-chave para um domínio que, à partida, não produz resultados certos como é o caso da avaliação. Por isso estes conceitos são relevantes e, como parece ser óbvio, não podem dispensar reflexões relativamente aos fundamentos morais, éticos e políticos da avaliação. Cabe aqui referir que são precisamente as dimensões valorativas, éticas e políticas da avaliação que mais têm contribuído para dificultar o seu reconhecimento como disciplina científica, apesar de poder ser escrutinada e analisada com base em critérios normalmente utilizados em ciência. Foi tendo em conta reflexões do tipo das que se acabaram de expor que defini como principal propósito deste trabalho discernir e discutir relações entre Avaliação, Ética e Política como forma de suscitar reflexões sobre questões teóricas e práticas que, de modo mais ou menos explícito ou evidente, são inerentes a qualquer processo de avaliação. Assim, serão equacionadas e discutidas questões relacionadas com fundamentos da avaliação, da política e da ética e com a inevitabilidade das relações entre estes três domínios do conhecimento no desenvolvimento de qualquer processo de avaliação.
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Um novo modelo de EJA para o ensino médio no Rio de JaneiroHottz, Ângelo Damaceno; Ferreira, Clécio da Silva; Vilardi, Leonardo Ostwald (2018)The present article analyzes the results of a teaching modality directed at students who, at the appropriate age, could not attend Basic Education. Today, Youth and Adult Education (YAE) also includes High School. The State Department of Education of Rio de Janeiro (Seeduc-RJ), until 2013, provided High School YAE in three-semester phases. In that same year, by analyzing the inadequate performance of phase III in the State Education Assessment System in Rio de Janeiro (Saerj), a new YAE proposal was introduced into the Education System in four biannual modules. The present article offers a analysis of the Saerj results by measuring how much this new YAE design, in its first cycle from modules I to IV, raised the average proficiency in the Portuguese Language and Mathematics estimated for the graduates of module IV, in relation to the average proficiency of the graduates of phase III, estimated in the years prior to 2014.
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O Desenvolvimento da Capacidade de Avaliação no Século XXI: enfrentando o desafio através da meta-avaliaçãoThereza Penna Firme; Ana Carolina Letichevsky (Fundação Cesgranrio, 2010-08-01)Meta-Avaliação é a avaliação da avaliação. O presente trabalho descreve o processo de meta-avaliação conduzido numa instituição universitária (Centro Universitário Newton Paiva, Minas Gerais, Brasil) pela Fundação Cesgranrio, Rio de Janeiro, Brasil, sendo o foco da meta-avaliação a auto-avaliação da referida instituição. O princípio desencadeador da tarefa foi o entendimento da meta-avaliação como atividade crucial para assegurar a integridade de uma avaliação, desde a sua concepção até seus resultados. Nesse sentido, a meta-avaliação verificou até que ponto a auto-avaliação em questão correspondeu às quatro categorias de standards ou padrões de programas avaliativos (JOINT COMMITEE ON STANDARDS FOR EDUCATIONAL EVALUATION, 1994) em termos de utilidade (atendendo às necessidades de informação dos interessados), viabilidade (sendo realística, prudente, diplomática e simples), ética (sendo legal e ética) e precisão (revelando de forma técnica e adequada informações sobre como o julgamento de mérito e de relevância foram feitos). Tais padrões foram verificados ao longo da avaliação em curso (meta-avaliação formativa) e ao final (meta-avaliação somativa). Os passos metodológicos (STUFFLEBEAM, 2000) incluíram a interação inicial com os envolvidos e interessados na missão, a escolha de uma equipe qualificada para a condução do processo, a definição das questões de meta-avaliação, o acordo quanto os padrões de julgamento da avaliação do Centro Universitário Newton Paiva, a elaboração do contrato de meta-avaliação, a coleta e revisão da informação acessível e necessária, a análise e interpretação de informações quantitativas e qualitativas à luz dos padrões, a elaboração de informes e a colaboração, junto à instituição-cliente e aos interessados em geral, na interpretação e aplicação de resultados. Tão importante quanto a constatação do sucesso na execução da avaliação do Centro Universitário Newton Paiva foi o fortalecimento da capacidade avaliativa entre os envolvidos, através de uma abordagem inovadora de empowerment (FETTERMAN, 2001) assegurada ao longo de toda a missão – um resultado que emerge como um dos maiores desafios da avaliação no século XXI.