Author(s)
Waldenfels, BernhardKeywords
BIOTECNOLOGIAFENOMENOLOGIA
Philosophy (General)
B1-5802
Philosophy. Psychology. Religion
B
DOAJ:Philosophy
DOAJ:Philosophy and Religion
Full record
Show full item recordAbstract
Certamente, desde que o ser humano existe, a vida nunca esteve isenta de manipulação técnica. Todavia, formas recentes de biotecnologia vão mais longe, tendendo a tornar indiscernível as distinções clássicas entre crescimento natural e produção artificial. Ars sive natura, este poderia ser o novo slogan. Neste sentido, em oposição à bioética corrente que tenta compensar o monismo tecnológico através de um dualismo prático, discutiremos a idéia de que, quando age sobre o Outro (Fremdeneinwirkung), a biotecnologia nunca é puramente técnica, sendo imediatamente prática, ética e política. Por outro lado, confrontando com novos desafios tecnológicos, a fenomenologia necessita assumir certas características de fenomenotecnologia; ações não são nunca meramente práticas. Uma tal combinação entre fenomenologia e fenomenotecnologia abre especiais perspectivas no que diz respeito ao trato da questão da vida humana. Primeiramente, descreveremos o eu corporal como gerador de sua própria história, na medida que evidencia graus de identidade e se constitui como altamente vulnerável. Em segundo lugar, distinguiremos entre a atitude técnica, restrita ao fato de que algo se modifica, e a atitude terapêutica, que se dirige a alguém que sofre: o paciente. A seguir ultrapassaremos os limites do enquadramento clínico ao considerar novas conquistas no que diz respeito à produção da vida (por exemplo, clonagem e manipulação genética). Antes de simplesmente argumentar pró ou contra, temos de indagar o que significa produzir um eu vikvo. Neste contexto, o tempo da poiesis será contrastado com o do pathos. Examinaremos o lugar desde o qual um ser vivo ou pessoal pode ser definido como alguém em si, e pretendemos tencionar simultaneamente o caráter paradoxal da atribuição de um eu ao Outro (Fremdezuschreibung), que assemelha-se ao paradoxo de ter a experiência do Outro como Outro (Fremderfahrung).Date
2006-01-01Type
ArticleIdentifier
oai:doaj.org/article:c2884049fed040c8b0756691da99c8470042-3955
https://doaj.org/article/c2884049fed040c8b0756691da99c847