Maconha e contexto familiar: um estudo psicossocial entre universitários do Rio de Janeiro Marijuana and family context: a psychosocial study among university students of Rio de Janeiro
Keywords
maconharepresentações sociais
família
jovens
marijuana
social representations
family
youngsters
Psychology
BF1-990
Philosophy. Psychology. Religion
B
DOAJ:Psychology
DOAJ:Social Sciences
Social sciences (General)
H1-99
Social Sciences
H
Full record
Show full item recordAbstract
O objetivo deste trabalho foi estudar o contexto familiar de usuários e não-usuários de maconha. Adotamos a teoria das representações sociais de Moscovici (1961/1976, 1988), além de algumas reflexões de Becker (1971) e Foucault (1977, 1994, 1997). Participaram da pesquisa sessenta universitários do Rio de Janeiro, de ambos os sexos, entre 17 e 30 anos. Utilizamos um questionário com perguntas abertas, no qual eles apresentaram seus familiares. O material obtido foi analisado em termos temáticos e estatísticos. Entre os usuários de maconha, prevaleceu a autoridade e a ênfase nos papéis sociais, sendo a interação familiar marcada pelo acento emocional e pela idealização. Entre os não-usuários a autoridade coexistiu com relações interpessoais de companheirismo e partilha, num contexto familiar em que predominaram não aspectos afetivos mas práticas de proteção e cuidados. Podemos afirmar que o papel da família na prevenção ao uso de drogas está associado à promoção da autonomia, diferenciação e garantia de um espaço próprio para o jovem.<br>The objective of this paper was to study the family context among marijuana users and non-users. Moscovici's theory of social representations, as well as some considerations from Becker and Foucault, was used as theoretical basis for data analysis. The empirical research included sixty university students from Rio de Janeiro, 17-30 years old, of both sexes. Using a questionnaire with open questions, we requested participants to freely describe their family members. The answers were treated according to content analysis principles, followed by chi-square tests. The results presented significant differences between both groups. Among marijuana users, authority and emphasis of social roles predominated, family interactions being characterized by emotional emphasis and idealization. Among non-users, authority coexisted with interpersonal relations characterized by fellowship and sharing, in a family context where practices of protection and care prevailed instead of expressions of affection. We can assert that the role of families in drug use prevention is associated to promoting autonomy, differentiation and guaranteeing a youngster's own space.Date
2007-04-01Type
ArticleIdentifier
oai:doaj.org/article:77649f38bc6444529df1356ea7365c3810.1590/S0102-71822007000100008
0102-7182
1807-0310
https://doaj.org/article/77649f38bc6444529df1356ea7365c38