Abstract
Neste artigo pretendo refletir sobre o caráter improvisado da prática do freestyle, descrito por seus cultores como "rap feito na hora". A partir de pesquisa realizada ao longo de três anos na batalha de freestyle da Santa Cruz, em São Paulo, recuperarei alguns exemplos de versos que podem ajudar a pensar tanto a importância atribuída à improvisação quanto o uso recorrente de chavões, que colocam em xeque a própria noção de improviso verbal. Diante da impossibilidade de discernir com precisão um verso improvisado de outro decorado, proponho que o desafio dos praticantes de freestyle é fazer com que suas rimas pareçam improvisadas. Demonstrarei que o principal procedimento adotado para atingir tal objetivo é atualizar os chavões no contexto de cada batalha.Date
2013-06-01Type
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