Abstract
Este artigo analisa a tendência de fragmentação das cidades, a partir da expansão de condomínios fechados e fortificados, como 'simulacros' que desafiam as políticas da cidade e o padrão de cidadania civil das cidades contemporâneas. O texto resgata três vetores de estruturação urbana contemporânea (condomínios fechados, a gentrificação e a verticalização das favelas), observando como as estratégias de marketing mobilizam dispositivos de segurança e de distinção de classes, o que determina normas seletivas de convívio entre iguais, no espaço privado, reforçando a via coercitiva e privada da ordem pública, como encaminhamento para a crise nas cidades contemporâneas. Com base no exame da forma arquitetônica de "comunidades fechadas', plasticamente importada, e das estratégias simbólicas e de comunicação mobilizadas pelos empreendimentos imobiliários em Salvador, o artigo demonstra a negação da cidade como espaço público de convívio, um reflexo das soluções privadas para a crise das cidades contemporâneas, no contexto da globalização.Date
2012-04-01Type
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