Abstract
Se ao roteiro escrito cabe o mérito de ter permitido o apogeu do cinema clássico hollywoodiano e os grandes momentos de diálogo do cinema francês, a tradição de escrever previamente o que se vai filmar é, em contrapartida, responsável pela hegemonia de narrativas fechadas, de tipo aristotélico, baseadas na identificação psicológica, narrativas que já trazem em si a solução dos problemas apresentados e que, por isso mesmo, inibem uma relação didática do espectador com o filme. A partir da análise de um roteiro construído com imagens e sons, Roteiro do filme "Paixão" (Godard, 1982), avaliamos aqui as contribuições de uma escrita dessa natureza para uma participação ativa do espectador no texto fílmico. Avaliamos também os resultados de uma oficina de roteiro inspirada na pedagogia godardiana.Date
2003-08-01Type
info:eu-repo/semantics/articleIdentifier
oai:scielo:S0101-73302003000200019http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302003000200019