Dimensão intersubjetiva da auto-realização: em defesa da teoria do reconhecimento
Abstract
O presente artigo busca discutir a teoria do reconhecimento, defendendo, na linha de Taylor e Honneth, uma perspectiva centrada na noção de auto-realização. Enfocando as propostas de Fraser e Markell, procura-se contestar três grandes ressalvas dirigidas ao chamado paradigma identitário do reconhecimento: 1) a de que ele essencializa identidades; 2) a de que lhe faltam mecanismos para distinguir reivindicações justificáveis das injustificáveis; e 3) a de que lutas por reconhecimento visariam apenas a uma valorização de grupos sociais. Acredita-se que essas críticas partem de um uso distinto da noção de reconhecimento que o reduz a uma luta cultural voltada à valorização de identidades. Defende-se que a atenção ao foco intersubjetivo das propostas de Taylor e Honneth ajuda a contestar essas críticas.Date
2009-06-01Type
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oai:scielo:S0102-69092009000200009http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092009000200009