Revista Brasileira de Educação Médica
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Revista Brasileira de Educação Médica publishes debates, analyses and results of investigations into issues considered relevant for medical education.
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The Globethics library contains articles of Revista Brasileira de Educação Médica as of vol. 30(2006) to current.
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Monitoria de metodologia científica: relato de experiência em um componente curricular de saúde coletivaRESUMO Introdução: A monitoria acadêmica é uma ferramenta complementar à construção do conhecimento dos discentes do ensino superior. Apresenta-se como mecanismo de auxílio e de orientação para os monitorados ao mesmo tempo que desenvolve as habilidades comunicacionais para além dos saberes essenciais do monitor. O presente trabalho tem como objetivo relatar uma experiência de monitoria com diferentes estratégias de ensino e de avaliação por meio de metodologias ativas, aplicando atividades teóricas e práticas interdisciplinares para estudantes de Medicina. Relato de experiência: Este relato de monitoria, realizado em um componente curricular de saúde coletiva da graduação em Medicina de uma universidade pública federal do Rio Grande do Sul, apresenta dados quantitativos e discute os conhecimentos adquiridos com a aplicação das atividades do projeto de ensino. Discussão: Analisaram-se quatro semestres, em que se compararam registros realizados em formulários on-line sem identificação dos respondentes referentes à participação das monitorias de caráter teórico e prático, sendo a maior adesão de participantes nas atividades práticas (42,31% versus 25,55%). Depreenderam-se as principais motivações dos discentes para buscar a monitoria, sendo a elucidação de uma etapa da simulação de pesquisa a mais requisitada. Houve predominância dos valores próximos ao máximo em monitorias práticas em relação às teóricas na avaliação geral delas, sendo considerados três aspectos: importância da atividade; clareza e didática da monitora; esclarecimento de dúvidas. Percebeu-se que o tempo destinado aos encontros variou de forma considerável, sendo mais frequente destinar 60 minutos às atividades teóricas e 30 minutos às atividades práticas. A comparação da proposta de atividades práticas e teóricas aplicadas por meio de metodologias ativas no projeto de monitoria evidenciou o quanto o discente, monitor ou monitorando, beneficia-se do processo de ensino-aprendizagem quando inserido como responsável principal pela própria educação. Conclusão: Na perspectiva da monitora, houve um fortalecimento das próprias competências relacionadas ao saber científico, assim como se observaram um nivelamento da turma em relação aos conteúdos de base e a progressão gradual da aquisição de um raciocínio crítico do estudante da área da saúde.
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Educação médica, raça e saúde: o que falta para a construção de um projeto pedagógico antirracista?Resumo: Introdução: Embora a educação médica esteja pautada, hegemonicamente, por princípios universalistas e igualitários, este artigo pretende tensionar tais concepções ao considerar a heterogeneidade e a multiplicidade imbricadas no saber-fazer médico ante as determinações históricas, sociais e locorregionais de saúde. Para compreender a medicina nesse panorama complexo, é preciso que a produção de conhecimento, desde a construção de projetos pedagógicos e currículos de graduação, privilegie a equidade em saúde, abrangendo, sobretudo, o cuidado destinado às minorias sociais. Nesse substrato, encontra-se a população negra, coletivo majoritário no Brasil, principalmente na Região Nordeste, que enfrenta diversas fragilidades no alcance de uma atenção à saúde integral. Objetivo: Este estudo teve como objetivo analisar os projetos pedagógicos dos cursos (PPC) de graduação em Medicina, do Nordeste brasileiro, e suas interfaces com conteúdos que contribuam para a formação médica no enfrentamento das iniquidades da saúde da população negra. Método: Trata-se de um estudo exploratório, descritivo e transversal, com análise de 23 PPC de graduação em Medicina de 13 universidades públicas federais da Região Nordeste. Realizou-se também a correlação dos dados com achados científicos e referenciais teóricos que abordam a temática de saúde da população negra e formação médica. Resultado: Identificou-se a presença de disciplinas obrigatórias e optativas sobre a contextualização de raça na saúde em seus aspectos essenciais, o que permite proporcionar aos estudantes de Medicina a compreensão histórica e sociocultural da negritude. Entretanto, é imperioso enfatizar o déficit na abordagem prática com escassez de temas transversais, propostas de internato ou estágio e fomento de programas de extensão, bem como de políticas institucionais de incentivo ao assunto, o que sinaliza o pouco valor atribuído ao campo da experiência para a compreensão da saúde racializada e fortalece o esvaziamento de práticas específicas à saúde da população negra, diminuindo a capacidade médica de interpretar situações, práticas e condutas de maneira efetiva. Conclusão: Este artigo evidencia, portanto, que o fomento de uma educação médica antirracista exige uma formação pautada na práxis dialógica, humanista e crítico-reflexiva da saúde da população negra, sendo necessário correlacionar teorias com habilidades, competências e atitudes assistenciais pautadas no conhecimento racializado para a construção de PCC dos cursos de Medicina.
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Estudos sobre a formação em pesquisa na educação médica: um estado da questãoResumo: Introdução: É notória a crescente importância dada à formação em pesquisa na educação médica por todo o mundo, o que é refletido na crescente produção científica com essa temática. Nesse cenário, o estado da questão (EQ) surge como uma ferramenta de produção bibliográfica que promove um panorama das pesquisas produzidas sobre um determinado tema, sendo capaz de proporcionar uma maior aproximação ao objeto de pesquisa e uma estimativa dos avanços que a pesquisa naquele campo pode alcançar. Objetivo: Este estudo teve como objetivos identificar as investigações feitas sobre a formação em pesquisa na educação médica e classificá-las considerando o local, o tipo e as intencionalidades delas. Método: Trata-se de um EQ cujo objeto de estudo é a formação em pesquisa na educação médica. Utilizaram-se descritores relacionados à formação em pesquisa e à educação médica nos idiomas português, espanhol e inglês. Foram pesquisadas duas bases de dados para dissertações e teses nacionais (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações e Catálogos de Teses e Dissertações da Capes) e duas bases de dados para periódicos científicos internacionais (Portal de Periódicos da Capes e PubMed). Resultado: Identificaram-se 33 artigos científicos de 17 países de cinco continentes. Quatro trabalhos (12%) apresentavam-se como artigos de opinião em que os autores teorizavam sobre a importância da inserção de elementos da pesquisa nos níveis curricular e disciplinar. Sete artigos (21%) retrataram, por meio de relatos de casos, as modificações estruturais e os percursos traçados em suas instituições, assim como as implicações dessas ações na educação médica e no processo educativo. Os demais 22 artigos (67%) documentavam pesquisas empíricas com diversas intencionalidades, sendo a temática mais recorrente a identificação dos fatores que influenciam a busca do corpo discente pela participação em pesquisa. Conclusão: A formação em pesquisa na educação médica conta com um corpo de pesquisadores qualificados e periódicos especializados para sua veiculação em nível global. Ressaltamos que, a partir das buscas realizadas, não foram encontrados estudos no contexto de teses e dissertações, tornando este um campo aberto para pesquisadores aprofundarem e acumularem conhecimento.
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Psychological disorders and coping strategies among undergraduate medical students during the COVID-19 pandemic in BrazilAbstract: Introduction: Medical students are commonly considered a vulnerable public to the emergence of mental disorders. In the COVID-19 pandemic context, recent evidence suggests that the COVID-19 crisis may have affected the medical student’s mental health. Objective: We aimed to investigate the prevalence of depression, anxiety, and stress symptoms in undergraduate medical students, the associated factors, and the relationship between coping strategies and psychological symptoms during the COVID-19 pandemic period. Method: This is a cross-section study with 141 undergraduate medical students from a public medical school in Brazil. The student’s mental health was assessed with the Depression, Anxiety and Stress Scale (DASS-21) and the coping strategies were assessed with the Brief Coping Orientation to Problems Experienced inventory (Brief COPE). Data were collected from December 1, 2020, to February 28, 2021, through the Google Form platform. Descriptive analysis, chi-square, multivariate Poisson regression, and Spearman’s correlation were performed. Result: Regarding the students’ mental health, 78 (55.3%; 95%CI: 47.1-63.3) were categorized as having depression symptoms, 71 (50.4%, 95%CI: 42.2-58.5) as having anxiety symptoms, and 86 (61%; 95%CI: 52.8-68.7) as having stress symptoms. About the associated factors, skin color/race had an association with depression and stress, year of the course had an association with stress only, history of psychological/psychiatry treatment had an association with anxiety and stress and self-rated mental health had an association with depression, anxiety, and stress. In relation to the coping strategies, problem-focused strategies had no significant correlations with depression, anxiety, and stress. Emotion-focused strategies had a weak negative correlation with depression only. Avoidance strategies had a moderate positive correlation with depression, anxiety, and stress. Conclusion: Overall, our results show high prevalence rates of depression, anxiety, and stress in Brazilian undergraduate medical students and the significant relationship between coping strategies and the presence of psychological impairment during the COVID-19 pandemic.
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Consenso Abem para o ensino de comunicação nas escolas médicas brasileirasResumo: Introdução: A comunicação é uma competência essencial para o(a) médico(a) e outras categorias profissionais, e deve ser desenvolvida durante sua formação profissional. A elaboração de um projeto de comunicação, incluindo um consenso brasileiro, visou subsidiar as escolas médicas a preparar os estudantes de Medicina para se comunicarem efetivamente com os(as) cidadãos/cidadãs brasileiros(as), de características plurais intra e inter-regionais, pautando-se no profissionalismo e nos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). Objetivo: Este manuscrito apresenta o consenso para o ensino de comunicação nas escolas médicas brasileiras. Método: O consenso foi construído colaborativamente com 276 participantes, experts em comunicação, docentes, profissionais de saúde e discentes, de 126 escolas médicas e cinco instituições de saúde, ao longo de nove encontros presenciais em congressos e de encontros virtuais quinzenais ou mensais. Nos encontros, compartilharam-se as experiências dos participantes e o material bibliográfico, incluindo os consensos internacionais, e apresentou-se o consenso em construção, com discussão em grupos para elencar novos componentes para o consenso brasileiro, seguida por debate com todos para pactuá-los. A versão final foi aprovada em reunião virtual, com convite a todos(as) os(as) participantes em julho de 2021. Após submissão, diversas alterações foram requeridas, o que demandou novos encontros para revisão da versão final do consenso. Resultado: O consenso tem como pressupostos que a comunicação deve ser centrada nas relações, pautada nos princípios do SUS, na participação social e no profissionalismo, e embasada nas Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de graduação em Medicina, em referenciais teóricos e nas evidências científicas. São descritos objetivos específicos para desenvolver a competência em comunicação nos estudantes, abrangendo: fundamentos teóricos; busca e avaliação crítica da literatura; elaboração e redação de documentos; comunicação intrapessoal e interpessoal no ambiente acadêmico-científico, na atenção à saúde em diversos contextos clínicos e na gestão em saúde. Recomenda-se a inserção curricular da comunicação do início ao final do curso, integrada a outros conteúdos e áreas de saber. Conclusão: Espera-se que esse consenso contribua para a revisão ou implementação da comunicação nos currículos das escolas médicas brasileiras.
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Formação interprofissional na graduação em saúde: revisão sistemática de estratégias educativasResumo: Introdução: A educação interprofissional (EIP) procura desenvolver habilidades colaborativas dos profissionais de saúde para a melhoria do cuidado ao paciente. Objetivo: Essa revisão explora as estratégias educacionais não pontuais utilizadas na formação interprofissional, na graduação em saúde, identificando seus potenciais e suas fragilidades. Método: A busca incluiu artigos publicados nas bases de dados BVS (LILACS), Cochrane, CINAHL, Embase e MEDLINE. Definiu-se a questão de pesquisa pelo anagrama PICO: selecionaram-se estudos que incluíssem, pelo menos, dois cursos de graduação em saúde, sendo um deles de Medicina, e que relatassem estratégia educacional mínima de 15 horas e sua avaliação. Resumos publicados em congressos, opiniões, editoriais e revisões sistemáticas foram excluídos. Resultado: Avaliaram-se 28 estudos publicados entre 2005 e 2019, sendo 31% no último biênio. Prevaleceram a simulação (36%) ou o uso de métodos combinados (29%) na avaliação de atitudes dos alunos, a compreensão dos papéis dos profissionais de saúde, o trabalho em equipe, a comunicação e o conhecimento em resposta à intervenções de EIP. Predominaram estudos nos domínios: papéis e responsabilidades (75%) e trabalho em equipe (64%). A abordagem de valores e ética (32%) e de comunicação (28%) foi menos frequente. Dos artigos, 18 (64%) apresentavam dois ou mais objetivos e seis (18%) buscavam estudar, em conjunto, os quatro domínios da EIP. Entre as intervenções utilizadas como estratégias de ensino, 36% (dez estudos) eram de simulação; 29% (oito), métodos combinados; 18% (cinco), prática clínica (trabalho colaborativo em unidades ambulatoriais ou enfermarias); 14% (quatro), observação direta (shadowing); 11%, aprendizagem baseada em problemas; e dois, aprendizado on-line (e-learning) e workshop. A qualidade geral dos estudos incluídos foi baixa, atendendo de dois a cinco dos seis critérios de qualidade. O cegamento do avaliador não foi citado em 25 publicações. O trabalho colaborativo em cenários reais é descrito como o mais eficiente. Conclusão: A EIP vem sendo incorporada ao processo de formação na saúde, e múltiplas estratégias focadas em resultados e baseadas em competências otimizam a construção de relações efetivas e o desenvolvimento de habilidades para a prática colaborativa. A fragilidade dos artigos aponta que a EIP de estudantes ainda constitui grande desafio para as instituições formadoras.
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Museus na educação médica: uma revisão narrativaResumo: Introdução: A educação não formal é realizada fora do ambiente tradicional de ensino, com objetivos educacionais estruturados e a promoção da autonomia do educando para exploração do espaço, como em bibliotecas e museus. Assim, os museus possuem grande diversidade de temáticas e podem englobar diferentes determinantes do processo de saúde e doença. Objetivo: Este estudo teve como objetivo delimitar o panorama acerca dos museus como forma de curricularização da extensão nas escolas médicas brasileiras. Método: Trata-se de uma revisão narrativa realizada de fevereiro a julho de 2021. O estudo foi desenvolvido a partir da análise, além da literatura pertinente, de três principais documentos: Diretrizes Curriculares Nacionais do curso de Medicina de 2014, Política Nacional de Educação Museal (Pnem) de 2017 e Diretrizes para a Extensão na Educação Superior Brasileira de 2018. Os descritores “educação médica” e “museus” e seus equivalentes em inglês foram utilizados na busca de trabalhos publicados nas bases de dados. Resultado: Os museus proporcionam uma ressignificação do conhecimento especializado próprio do acervo, com potencial para o desenvolvimento de habilidades clínicas relacionados à percepção, à investigação e ao pensamento criativo, contribuem para o acadêmico de Medicina se perceber como agente de suas práticas e posturas, além de oferecerem um espaço para dar voz aos usuários do serviço de saúde. Segundo a Pnem, a educação museal deve promover uma interação direta entre museu e sociedade, de modo a buscar a transformação social e se alinhar com o conceito das atividades de extensão, as quais comporão no mínimo 10% da carga horária da graduação em Medicina. Portanto, o museu é um meio para que as atividades extensionistas sejam desenvolvidas por meio da articulação entre ensino e pesquisa, e inserção e envolvimento da comunidade acadêmica na comunidade externa. Foram encontrados cerca de 26 museus concentrados principalmente no eixo Sul-Sudeste, cujas temáticas principais são história da medicina, biografias e anatomia humana, além de saúde e vida. Conclusão: A educação museal na medicina, por meio da extensão, pode impactar a ressignificação progressista de conceitos sobre o processo de saúde e doença, com consequente transformação do exercício vocacional para o cuidado, seja em termos de promoção, prevenção, recuperação ou reabilitação.
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Instrumentos de avaliação no ensino de tomada de decisão compartilhada em cursos de Medicina: uma revisão integrativaResumo: Introdução: A tomada de decisão compartilhada (TDC) é uma abordagem em que médicos e pacientes compartilham as melhores evidências disponíveis quando confrontados com a tarefa de tomar decisões. Na TDC, os pacientes são estimulados a considerar opções para que possam obter preferências informadas. Todavia, até onde se pode determinar, os princípios da TDC não são rotineiramente ensinados e avaliados nos currículos das faculdades de Medicina. Objetivo: Este estudo teve como objetivo identificar na literatura instrumentos de avaliação aplicados em escolas médicas para o ensino de TDC. Método: Trata-se de uma revisão integrativa, via Portal de Periódicos Capes, que contempla as bases de dados MEDLINE, SciELO e Lilacs. Para as bases de vocabulário controlado, utilizamos o descritor shared decision making, combinado isoladamente com medical education. Para a base de palavras-chave, utilizamos medical school, medical student, medical educational models, educational medical assessment measures e medical curriculum. Resultado: A busca revelou 1.524 artigos, dos quais 13 foram selecionados como corpus de revisão. Instrumentos de avaliação em atenção centrada no paciente (ACP) são ferramentas importantes para avaliar a TDC em currículos de escolas médicas, principalmente a Patient-Practioner Orientai-o Scale (PPOS). Escalas e questionários on-line se apresentam como alternativas para essa avaliação. A escala Observing Patient Involvement (OPTION) se mostrou como uma ferramenta contributiva para avaliar a TDC em escolas médicas. Conclusão: Todos os 13 estudos de TDC aplicados em escolas médicas se mostraram de alguma forma eficazes na avaliação de habilidades, confiança ou atitudes dos alunos de graduação em Medicina. Contudo, nenhum desses estudos realizou avaliações de acompanhamento por longos períodos. Entendemos que, especialmente no Brasil, novas pesquisas devem ser feitas, tanto relacionadas com a validação de escalas que se mostram potentes internacionalmente como na construção de instrumentos mais contextualizados à nossa realidade.
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Algumas características das dissertações de conclusão do Curso de Mestrado em Medicina Interna da Universidade Federal da Bahia, no período 1972-1981Resumo: Analisam-se trinta e duas dissertações de conclusão do Curso de Mestrado em Medicina Interna da Universidade Federal da Bahia escritas no período de 1972-1981. Os aspectos examinados em cada tese foram os seguintes: área de conhecimento; tema; tipo de trabalho e principais procedimentos técnicos. Os resultados revelam as preferências dos alunos, indicando predomínio das áreas da Cardiologia e Nefrologia, dos temas Esquistossomose e Doença de Chagas e do método clínicolaboratorial.
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AVALIAÇÃO CONTÍNUA: UM FATOR POSITIVO NO APRENDIZADO?Resumo: Estabeleceu-se a comparação de um programa de ensino no qual se realizaram várias avaliações do rendimento escolar com outro em que se aplicou apenas prova final. Os dados estatísticos obtidos mostraram diferença significativa em favor do primeiro. Discutem-se os possíveis fatores responsáveis pelo bom êxito desse programa e a reação dos alunos à sua execução.
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As transformações da prática médica: a Medicina de Grupo no Rio de JaneiroResumo: Este trabalho é parte de uma investigação sobre a constituição e desenvolvimento das empresas médicas e de seu papel no atendimento à clientela previdenciária. Os grupos médicos pesquisados no Rio de Janeiro, através de entrevistas de seus dirigentes e da análise de dados secundários caracterizaram-se por: a) não assumir, ainda, grande magnitude na cobertura da população previdenciária no Rio de Janeiro, através dos convênios empresa; b) incorporar uma tecnologia pouco complexa, diferenciando-se apenas as quatro maiores empresas por disporem de maior parcela dos leitos hospitalares próprios dos grupos médicos, bem como de laboratórios clínico e radiológico. A estratégia para suprir as deficiências de recursos é o estabelecimento de uma complexa rede de contratos e credenciamentos. A clientela atendida corresponde a 5% da população previdenciária e se distribui nos ramos de atividades industriais, comerciais, bancários, financeiros e outros serviços. O desenvolvimento da modalidade assistencial de Medicina de Grupo deve ser entendido dentro do quadro de relações deste setor no com plexo médico-empresarial.