Tratar, sim; melhorar, não? Análise crítica da fronteira terapia/melhoramento
Keywords
Bioética. /uso terapéuticoRefuerzo biomédico
Biotecnología
Medical philosophy. Medical ethics
R723-726
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Um dos pontos controversos do debate sobre os usos da biotecnologia é a função normativa da fronteira entre terapia e melhoramento. Para quem defende tal fronteira, as intervenções biotecnocientíficas no ser humano têm de restringir-se à terapia, de modo que o melhoramento deve ser proibido. Neste artigo, defendemos que essa fronteira tem importantes imprecisões empíricas e problemas conceituais, sendo normativamente inadequada para justificar a diferença entre o que deve ser prescrito e proscrito. Primeiramente, analisamos a distinção entre normal e anormal, haja vista servir de alicerce a tal fronteira. Em seguida, examinamos a fronteira propriamente dita, a fim de apontar seus problemas. Identificando tais problemas e postulando que a normalidade biológica é desprovida de relevância moral intrínseca, inferimos que não resta claro por que seria moralmente proibido à biotecnologia avançar além da terapia.Type
ArticleIdentifier
oai:doaj.org/article:86a845456cc24d228514e1a192bd4d1f1983-8034
10.1590/1983-80422015232065
https://doaj.org/article/86a845456cc24d228514e1a192bd4d1f