Abstract
Este artigo analisa a veiculação e produção de alguns ensinamentos direcionados a famílias pobres e como eles posicionavam as mulheres, fundamentalmente, como mães amorosas, educadoras e nutrizes "naturais" e culturais das crianças, responsabilizando-as, quase integralmente, pela prevenção e cuidado da saúde da família e pela geração da "infância melhor". Os dados etnográficos foram obtidos no contexto de uma política pública de educação e(m) saúde - Primeira Infância Melhor (PIM/RS) - tal como foi implementada em um lócus específico - a cidade de Canoas -, a fim de apreender como o gênero funciona para organizar relações sociais de poder com base em um conjunto de significados e símbolos construídos. Assim, enquanto as crianças público-alvo do PIM são tomadas como vulneráveis, as famílias pobres, representadas pelas mulheres-mães, precisam assimilar ensinamentos apoiados em esquemas teóricos e científicos capazes de produzir uma determinada posição de sujeito - o da mãe-professora.Date
2012-12-01Type
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