Abstract
Este artigo objetiva estudar a construção de atitudes e práticas desviantes de adolescentes de origem francesa ou imigrantes. Os dados da pesquisa foram obtidos em uma pesquisa de campo que incluiu observações e entrevistas realizadas ao longo de dois anos numa escola da periferia parisiense, A hipótese central é a de que os adolescentes dos bairros periféricos, ao ingressarem no ensino médio, já estão predispostos à cultura da escola ou à cultura da rua, cujas predisposições foram estruturadas na família, na comunidade ou nas escolas primárias. Assim, é nos colégios, em interação com processos especificamente escolares, que se desenvolvem condutas desviantes em alguns deles. Este texto evoca, primeiramente e de maneira geral, como os jovens percebem as interpelações e diferenças entre o colégio e o bairro, para em seguida voltar a atenção para três dimensões da sociabilidade adolescente que expressam as tensões entre a rua e a escola: as amizades juvenis, a sociabilidade em sala de aula e as relações interétnicas. A conclusão ressalta o peso que os processos de segregação têm para a perda da capacidade integrativa da escola, quer se tratem dos processos que ocorrrem nos estabelecimentos com um todo, quer sejam os que tomam lugar nas salas de aula.Date
2000-01-01Type
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