Abstract
O presente artigo propõe reflexões sobre as possibilidades de ensino da língua oral, a partir das concepções veiculadas nos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil) do ensino fundamental e de críticas consensuais que evidenciam a carência de materiais didáticos e de currículos que dêem à língua falada e às produções orais um tratamento didático-pedagógico à altura do papel que esses fenômenos desempenham, tanto no uso pragmático da língua como no campo literário. As reflexões são elaboradas a partir de uma concepção que assume a língua como instrumento, meio de interação e constituição de subjetividades; adotam o conceito de gêneros do discurso de Bakthin e constroem sua coerência contextual tendo como base a práxis pedagógica do autor em cursos de formação de professores (iniciais e em serviço). Argumenta em prol de uma perspectiva curricular que considere a oralidade, neste contexto de novas tecnologias, um campo complexo, dinâmico e suficientemente propício a impregnações com a escrita, sobretudo com a literatura. Sugere-se um esboço de modelo que propõe o tratamento didático-pedagógico das atividades de escuta e produção oral em conjunção explícita com as atividades de leitura e produção escrita e, ainda, apresenta reflexões sobre as possibilidades e vantagens de incluir, sem preconceitos, produções orais contemporâneas e as originárias da tradição do oral.Date
2000-01-01Type
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