GÊNERO E PODER: MULHERES DOCENTES EM INSTITUIÇÕES TEOLÓGICAS PROTESTANTES DA GRANDE SÃO PAULO
Author(s)
Adriana de SouzaContributor(s)
Sandra Duarte de SouzaKeywords
símbolo religiosomodernidade
Brasil
Ciencias da Religião - Teses e Dissertações
sociologia e religião
tradição
gênero
trabalho
mulher
TEOLOGIA
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The theme of this work, Gender and Power in Protestant Theological Institutions in Greater São Paulo, problematizes the gendered social reality faced by the men and women educated in these institutions. An initial premise is that the power relations emerging in this institutional context ghettoize women in educational trajectories labeled as feminine, a development implicit in a set of social representations that justify this stereotyping of academic paths and naturalization of disparities, given that power continually makes use of difference to underwrite forms of domination and supremacy, in this case of men over women. Gender is a central category given the attempt to uncover the means by which the knowledges and practices produced in this context are strictly related to the social production of femininity and masculinity considered to be atemporal and permanent categories and of the power relations endemic to the institution. In this religion system, political relations involve a constant dialectic between Seminary and Church, in which the power of the latter legitimizes the forms of exclusion imposed by the former. Although formal differences remain, forms of resistance always arise in the face of domination, especially given the subtlety with which they establish themselves. Womens presence in the Seminaries, unusual until recently, can be read in terms of strategies of breaking down domination, offering a secure means of entering an essentially masculine space.Ao escolher o tema Gênero e Poder em Instituições Teológicas Protestantes da Grande São Paulo, a intenção é problematizar as relações de gênero nestes ambientes, a partir da realidade social diferenciada em que vivem homens e mulheres na docência. Partimos do pressuposto que há relações de poder aí engendradas que encurralam as mulheres naquele gueto de disciplinas que denominamos femininas, bem como um jogo de representações sociais que justificam a estereotipação das disciplinas e naturalização destas disparidades, uma vez que o poder a todo tempo se serve da diferença para referendar a dominação e a supremacia de um sobre outro, neste caso de homens sobre mulheres. A noção de gênero no enfrentamento do problema mulherSeminário tem um lugar central quando se quer descobrir o modo pelo qual os saberes e as práticas produzidas nestes ambientes estão estreitamente ligados à produção social do feminino e do masculino - enquanto categorias consideradas atemporais e permanentes - e as relações de poder endógenas a instituição, posto que é parte de um sistema religioso, onde a política é da dialética constante, pois um ratifica o outro, ou seja, o Seminário só tem a força de exclusão que tem porque encontra legitimidade na Igreja. Todavia, ainda que as diferenças formais permaneçam, formas de resistência sempre surpreendem a dominação, especialmente pela sutileza com que se firmam. A presença de mulheres nos Seminários, algo raro há alguns anos, pode ser lida com uma estratégia para irromper a dominação, sendo um meio seguro de entrar num espaço essencialmente masculino.
Date
2006-03-02Identifier
oai:ibict.metodista.br:102http://ibict.metodista.br/tedeSimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=164