Abstract
RESUMO Ao ingressarem no curso de Medicina, os estudantes se sentem eufóricos e realizados. No entanto, os desafios inerentes à formação podem ser fonte de estresse e angústia, comprometendo o bem-estar desses estudantes. Assim, este estudo se propôs a explorar as causas do estresse na formação médica e os modos de enfrentamento dos estudantes de uma universidade em Montreal, Canadá. Trata-se de um estudo exploratório, com abordagem metodológica qualitativa, mediante um questionário semiestruturado. Participaram do estudo 18 estudantes distribuídos entre o primeiro e o quarto ano do curso de Medicina. Os principais eventos estressores mencionados pelos entrevistados foram: dificuldade em conciliar as atividades acadêmicas e a vida pessoal, avaliações de desempenho, relação com professores/residentes e pacientes, além de terem que morar longe da família. Diante desses eventos, os estudantes desenvolveram estratégias adaptativas e algumas não adaptativas. Entre as estratégias adaptativas, eles mencionaram: falar sobre sentimentos negativos, apoio psicológico, atividades de lazer e apoio espiritual. Em relação às respostas não adaptativas, foram observados sentimentos negativos, como angústia e tristeza, negação da realidade, bebida alcoólica e drogas para recreação. Nesse contexto, as universidades precisam reconhecer essa realidade, de modo a construir estratégias institucionais que possam ajudar os estudantes a lidar com os eventos estressores, para que, assistidos nas próprias necessidades, consigam enxergar as necessidades psicossociais dos pacientes.Date
2015-12-01Type
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