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Costa,Gilka Paiva OliveiraHerculano,Thuany Bento
Gama,Aléxia Lavínia Holanda
Cabral,Rayanne Pereira
Campos,Diogo Berto
Oliveira,Davison Noely Salvino de
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RESUMO Introdução: Uma das maiores expectativas do acadêmico de Medicina é ter contato com o paciente. Tradicionalmente, é na disciplina de Semiologia Médica que este contato se materializa. Este artigo pretende identificar vivências, opiniões e situações adversas enfrentadas por alunos do quarto período a fim de propor estratégias de enfrentamento para esses dilemas na graduação. Metodologia: Estudo descritivo, de abordagem qualitativa, cujos participantes foram 87 alunos do quarto período do curso de graduação em Medicina da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), que compuseram 12 grupos focais. As discussões foram transcritas para posterior análise. O material produzido foi submetido a uma Classificação Hierárquica Descendente (CHD) simples com auxílio do software Iramuteq versão 0.6. Resultados: A CHD dividiu o corpus em cinco classes: o paciente; o estudante; a metodologia; reconhecimento; o exame físico. Foram relatadas como barreiras nas primeiras vivências do estudante: a escolha dos pacientes para as primeiras anamneses; a sensação de que não está ajudando o paciente; receio de incomodar; dificuldade de distinguir o normal do patológico; problemas na metodologia de ensino; o desafio de lidar com a intimidade emocional e corporal do paciente; dificuldades técnicas no exame físico. Discussão: A percepção de incompetência e de não poder contribuir com o tratamento do paciente gera no estudante ansiedade, angústia, frustrações, insegurança, dúvida e medo, o que dificulta o enfrentamento nos primeiros contatos com o paciente. Tais condições prejudicam tanto o aprendizado, como a saúde mental do aluno e, dependendo de como sejam enfrentadas, podem interferir na formação e na prática médica. Considerações finais: Nos primeiros contatos com o doente, o estudante necessita de habilidades que não se sente capaz de demonstrar. Assim, são vivenciados vários sentimentos, que limitam a construção de um conhecimento que é progressivo, mas que acontece num cenário real, onde as demandas se apresentam de forma integral. Por esse motivo, espaços de diálogo são fundamentais para que os graduandos tenham uma rede de apoio para suprimir o estresse do contato com o paciente e os desafios do seu adoecimento. É necessária maior integração entre docentes e discentes para melhor aproveitamento das aulas em cenários práticos, bem como respeito às limitações próprias do estudante, de forma que este não as entenda como inadequadas.Date
2018-06-01Type
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oai:scielo:S0100-55022018000200079http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022018000200079