Abstract
* Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais e Pós-doutor em Filosofia pela PUCRS. Professor do Instituto de Filosofia e do Programa de Pós Graduação em Filosofia (Mestrado) da Universidade Federal de Uberlândia (UFU).1 Tradução autorizada em 07/10/2010 do original: Controversiality without Controversy? Erwägen wissen Ethik 20 (2009). Heft 2. S. 254-257.Controvertibilidade sem controvérsia ?Wolfgang Sander propõe uma inovação significativa no pensamento pedagógico atual. Em termos conceituais, sua sugestão é renovar o conceito de “Bildung”, do século XIX, por meio da inserção da controvertibilidade e da perspectividade como componentes essenciais do processo de ensino e aprendizagem, bem como do ideal de uma pessoa “instruída”.2 Essa mudança conceitual, defende ele, requer uma alteração paralela nas noções de conhecimento e ciência, as quais ele propõe encarar do ponto de vista “construtivista”. Na prática, a implementação dessa ideia demandaria com certeza uma extensa reforma do sistema educacional, inclusive uma abordagem radicalmente nova do magistério, dos currículos, da participação dos estudantes, do uso e do desenvolvimento de novas tecnologias na escola e até do cenário físico do ambiente da escolarização. O enfoque de Sander está principalmente centrado na fundamentação de sua proposta. Eu vou, naturalmente, acompanhá-lo nesse aspecto, considerando, sobretudo, embora não de modo exclusivo, o conceito de controvertibilidade”. Minhas considerações, todavia, implicam que seria um grave erro ignorar a dimensão prática desse conceito até mesmo para as análises teóricas que dele sejam feitas.Referências:DASCAL, Marcelo. 1997. Critique without critics? Science in Context 10(1): 39-62.______. 1998. The study of controversies and the theory and history of science. Science in Context 11 (2) 147-154,______. 2000. Epistemology and controversies. In: Tian Yu Cao (Org.). Philosophy of Science [= Volume 10 of Proceedings of the Twentieth World Congress of Philosophy]. Philadelphia: Philosophers Index Inc., 159-192; 2000.______. 2005. The balance of reason. In: D. Vanderveken (Ed.). Logic, Thought and Action. Dordrecht: Springer, 22-47.______. 2006a. Die Dialektik in der kollektiven Konstruktion wissenschaftlichen Wissens. In W-A. Liebert M-D. Weitze (Org.). Kontroversen als Schlüssel zur Wissenschaft? Wissennskulturen in sprachlicher Interaktion. Bielefeld: Transcript Verlag. 19-38. 5 Para as noções de “desdicotomização” “dicotomização”, cf. Dascal (2008).______. 2006b. Normative rationality against práxis in scientific debates? EWE 17(2): 58-60.______. 2008. Dichotomies and types of debate. In: F. H. van Eemeren e B. Garssen (Org.). Controversy and Confrontation: Relating Controversy Analysis with Argumentation Theory. Amsterdam: John Benjamins, 27-50.______. 2009. Colonizing and decolonizing minds. In I Kuçuradi (Org.). World Philosophy Day 2007. Ankara: Philosophical Society Of Turkey, 308-331.DASCAL, M.; FIRT, E. Leibniz’s conciliatory approaches in scientific controversies. In ______M. (Org.). The Practice of Reason: Leibniz and his Controversies. Amsterdam: John Benjamins [no prelo].FREIRE, P. 2004. Pedagogy of the Oppressed, edição do 30º aniversário; Trad. M. B. Ramos. Nova York: Continuum Press. 2004.KNORR-CETINA, K. 1981. The manufacture of Knowledge: an Essay on the Constructivist and Contextual Nature of Science. Oxford: Pergamon.LEIBNIZ, G. W. 2006. The Art of Controversies. Trad. e org com ensaio introdutório e notas por M. Dascal. Dordrecht: Springer.SANDER. W. Bildung und Perspektivität: Kontroversität und Indoktrinationsverbot als Grundsätze von Bildung und Wissenschaft, EWE 20 (2009) 239-248.Data de registro: 04/04/2010Data de aceite: 28/02/2011Date
2011-07-22Type
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